Quando observamos as práticas das empresas brasileiras de uma forma geral, deparamo-nos com fatos interessantes, com destaque no setor primário, ou seja, o que está ligado às commodities – e aqui queremos deixar claro que não é uma crítica, é uma constatação.
Para fundamentar a afirmação de que as empresas nacionais adotam muita tática e pouca estratégia, vamos voltar ao passado, época em que nas guerras a grande preocupação era fabricar a melhor espada e boas armaduras, selecionar soldados fortes, garantir alimento e ter um grande exército. Podemos afirmar que isso é tático: o foco era o volume e o uso da força bruta, muita dedicação à parte material. Assim eram as guerras, utilizando equipamentos e armas, mas, pouca intelectualidade.
Podemos afirmar que davam pouca importância à estratégia porque o foco era no tático e no operacional. Uma visão, utilizando uma expressão contemporânea, “da porteira para dentro”. Percebemos essa prática nos governos brasileiros nos três planos, cada um voltando-se para olhar o seu próprio umbigo. O mesmo acontece com a maioria dos setores nacionais.
Os planejamentos empresariais valorizam pouco o macroambiente, fazem poucas pesquisas, não possuem área de inteligência, dedicações estas que exigem equipes intelectualizadas e são quesitos para termos empresas e cadeias produtivas globalizadas – e nesse ponto é que fica claro quando afirmamos que as empresas nacionais e os governos utilizam muita tática e pouca estratégia.