Todos estão conscientes da importância de se preservar o meio ambiente, e poucos países do mundo ainda têm o que preservar. Os que não cuidaram deveriam estar muito preocupados em recuperar os prejuízos do passado, fato que não aconteceu por crueldade, mas por ignorância, pois até o meio do século XX esse tema não tinha a relevância que tem hoje.
O Brasil está entre os poucos que ainda dispõem de recursos ambientais. Está cuidando deles – e muito bem. Brasileiros de todas idades e classes sociais querem e defendem a sustentabilidade, assunto bastante atual.
Há grandes diferenças entre o Brasil e os demais Estados-nações. Podemos destacar duas: nós temos o que preservar, a maioria não tem; a segunda, não somos um país, mas um continente. Temos uma área que exige grandes investimentos. Muitos que criticam não conseguiriam fazer como estamos fazendo.
Porém, a questão não é o meio ambiente e, sim, o que está por trás dos ataques que o Brasil tem sofrido nos últimos anos, principalmente à Amazônia, a maior mata preservada do mundo: nesses atos está o medo dos concorrentes do Agronegócio brasileiro. Sabem estes que o grande desafio do século XXI é segurança alimentar e o Brasil irá liderar, oferecendo comida de qualidade a preço justo. Eles não conseguirão produzir dessa mesma forma. Por incrível que pareça, nossos clientes querem desvalorizar os nossos produtos para controlar os preços. E algumas ONGs são utilizadas para fazer a parte não republicana desse processo.
Não é difícil comprovar tal narrativa. Basta pesquisar quem ganha com as ofensivas que hoje o País está sofrendo e a importância da segurança alimentar. O objetivo sempre é o poder. Neste século, quem tiver alimento terá poder. Já aconteceu com os donos do petróleo, com o poder militar, e agora chegou a vez do alimento. O Brasil está conquistando espaço na nova ordem mundial através do Agro. Apenas chegou a nossa vez – não através de vender armas, mas produzindo alimentos e preservando o meio ambiente.
Hélio Mendes
Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia.