Diferentemente do Planejamento Estratégico Tradicional, o Reverso tem um sentido mais amplo e mais dinâmico.
Mais amplo porque devem participar de sua elaboração não apenas o conselho e a equipe gerencial, mas também as pessoas de confiança, as que conhecem a atividade; e, de forma parcial, através de pesquisas, todos que contribuem para o sucesso do negócio.
Confiança e conhecimento são pré-requisitos, até para a escolha das consultorias, quando o assunto é estratégia. Caso não aconteçam, a empresa cria valor para a concorrência – esse é um cuidado que poucos observam. Um exemplo clássico são os programas de qualidade e os sistemas, oferecidos a todos, mas sendo poucos de exclusividade do contratante.
O PER é mais dinâmico porque adota a cultura exponencial, quando o Tradicional utiliza a linear; e, por ser reverso, ao mesmo tempo que acelera para o futuro, também acontece do futuro para o presente. Considera objetivos e metas estratégicos, é via de duas mãos, ou seja: a equipe tem de ter a cultura de estar, a todo momento, levando o presente para o futuro e trazendo este para o presente.
Podemos ter como exemplo parcial as práticas esportivas: os jogadores precisam estar totalmente sincronizados, ter visão do campo, controle do tempo. A bola se movimenta em todos os sentidos, é fundamental muitas vezes recuar para não perder e avançar rápido quando necessário. Nas empresas há mais variáveis e interesses envolvidos. Porém… a maioria não age nem mesmo como no futebol.
Hélio Mendes
Com mais de 1.500 artigos publicados, é consultor de empresas, foi secretário na área de planejamento e meio ambiente da cidade de Uberlândia/MG; é professor em cursos de pós-graduação e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG e membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicadas, de Brasília.