Estratégia do Oceano Azul é o novo pensamento estratégico. Quem o utiliza em sua plenitude, dificilmente entra em crise, porque a metodologia cria uma cultura de planejamento e gestão com o escopo de procurar ficar onde os correntes não estão e rever sempre o coração da estratégia competitiva, que é a Matriz ou Teia de Valor, cujo objetivo é criar valor para o comprador e manter a empresa atualizada e enxuta.
A fim de criar valor para o cliente, utiliza o Modelo das Quatro Ações: sempre que o cenário estiver desfavorável ou a rentabilidade em declínio, cria-se uma nova curva de valor na matriz, distanciando-se da concorrência e ignorando-a.
A Estratégia do Oceano Azul utiliza as Quatro Ações em todos os níveis da organização: a primeira ação elimina os atributos dispensáveis para o setor e, com isso, reduz parte dos custos – normalmente um valor significativo. E não estamos falando apenas das gordurinhas que vão surgindo com o tempo.
A segunda ação é de reduzir todos os atributos que comprometem a competividade. Tal redução irá ser compensada pelas duas próximas ações.
A terceira delas é elevar os atributos indispensáveis para o cliente, acima do usualmente oferecido pelo seu setor. Algo que nem sempre recebe a devida atenção.
A última ação, e a mais difícil, é criar atributos que nunca foram oferecidos para os compradores, algo que agregue valor e permita ir além do mercado atendido, ou criar novos mercados.
As duas primeiras ações diminuem custos na ordem de 5 a 20%, sem comprometer a organização. Essa economia será transferida para as duas últimas, ou seja, eliminando, diminuindo-se atributos, os recursos vão para a melhoria e a criação de novos.
Muitas empresas já tomaram conhecimento desse novo pensamento estratégico, mas poucas o utilizam na sua totalidade, por serem escravas de ideias antigas. Em um ponto concordamos: não é fácil sair da zona de conforto. Mas é bom lembrar que sempre há algo além do nosso horizonte.
Hélio Mendes – Autor de Planejamento Estratégico Reverso e Marketing Político Ético, consultor de empresas, foi secretário na área de Planejamento e Meio Ambiente da cidade de Uberlândia/MG. Palestrante em cursos de pós-graduação e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG. Membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicadas, de Brasília.