O Santo Graal é uma lenda com várias versões. Uma delas conta que ele é o cálice usado por Jesus na Última Ceia para consagrar o vinho, transmutando-o em seu sangue, e seria uma peça capaz de transformar uma pedra comum em preciosa.
Já a IA não é uma lenda, e sim uma das mais recentes ferramentas do novo mundo, o virtual, que a cada dia surpreende todos com seu alcance, criando também grandes incertezas devido à sua ampla possibilidade de uso.
Em uma campanha política, permite criar a imagem dos adversários em movimento, com a sua voz defendendo um projeto contra o interesse da comunidade, levando-o a perder a eleição. Ou ainda, a uma semana das eleições, ele retirando a sua candidatura, contexto que possivelmente não conseguiria reverter – e, se não souber responder à altura, pode piorar ainda mais a situação.
Não recomendamos utilizar prática antiética, porque a mentira de fato causa um grande mal e normalmente tem vida curta. As pessoas estão cansadas dos maus políticos, dos candidatos maquiados, que mudam de partido de acordo com a sua conveniência, fabricados, que vendem o voto por emenda parlamentar, não tendo credibilidade.
A inteligência artificial é muito importante para todas as atividades. Será usada de forma correta pelos candidatos de bom caráter e distorcida pelos que não o têm, mas será o Santo Graal nas campanhas políticas, promovendo os bons e os maus candidatos.
Hélio Mendes – Autor de Planejamento Estratégico Reverso e Marketing Político Ético, consultor de empresas, foi secretário na área de Planejamento e Meio Ambiente da cidade de Uberlândia/MG. Palestrante em cursos de pós-graduação e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG. Membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicadas, de Brasília.