A grande diferença entre o estrategista e operacional, apesar de um não funcionar sem o outro, é que o primeiro tem maior foco na mudança e no longo prazo – caso contrário, não é um estrategista. Ele é o farol alto das organizações, observando se interagem com o macroambiente, e não apenas com o setorial. Exige-se muita leitura e experiência intersetorial.
O bom operacional é tão importante quanto o estrategista, porque ele é quem carrega o piano, faz a máquina funcionar. Mas hoje, caso ocupe um cargo de chefia, precisa ter uma boa visão do setor da sua empresa, não pode mais dominar apenas o ambiente interno. Isso o obriga a ter uma relação estreita com a cúpula e participar na construção da estratégia da organização.
Antes havia uma separação clara e rígida no modelo da estrutura, que era dividida em três níveis: os que pensavam, os que coordenavam e os que executavam. Isso faz parte do passado. Há necessidade de entender o entrelaçamento, que a moeda de prata chamada “informação” passou a ser de ouro, e todos a têm, graças às redes sociais. As organizações que não entenderem essa mudança estão destinadas ao fracasso. Além de não contarem com esse novo capital intelectual, verão a maioria dos colaboradores criando dificuldades e produzindo pouco.
Hélio Mendes – Autor de Planejamento Estratégico Reverso e Marketing Político Ético, consultor de empresas, foi secretário na área de Planejamento e Meio Ambiente da cidade de Uberlândia/MG. Palestrante em cursos de pós-graduação e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG. Membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicadas, de Brasília.