Muitas empresas têm esquecido o seu cliente, dando mais importância à tecnologia e a modismos da área da gestão. Ao mesmo tempo, grande quantidade de pessoas adotou certos tipos de consumo por falta de conhecimento, algumas por falta de consciência e outras por falta de opção. Vamos lá.
Há companhias agregando a seus produtos recursos que nem sempre são usados por quem os adquire, mas é obrigado a pagar por isso. Podemos dar como exemplos acessórios e equipamentos existentes em carros e telefones, cuja necessidade é relativa e muitos nem sabem como utilizá-los.
Se as empresas prestarem mais atenção ao cliente, teremos também produtos simples, menos sofisticados e com um custo bem menor. Vemos organizações com modelos simplificados e objetivos inovando muito, porém, lançando o que não interessa a parte significativa do mercado.
Acreditamos que está na hora de se adotar análise de valor e reengenharia, produzindo o que é essencial para o cliente, com tecnologia de acordo com uma realidade – e não em razão de uma ferramenta ser de última geração, porque utilizá-la não é garantia de atender melhor seu público-alvo.
Existem organizações que, por falta de preparo de suas equipes, perdem-se no meio de tantas informações e tendências, e como a maioria das empresas é mera seguidora de outras, vem perdendo o foco principal: ajudar seu cliente a tomar a melhor decisão e oferecer o produto que o satisfaça.
O que podemos concluir? Uma fração expressiva dos clientes não tem necessidade do que as empresas ofertam em nome da modernidade – ou por falta de competência. Aquelas que começarem a pensar de fato em atendê-los poderão obter melhor rentabilidade e longevidade.
Hélio Mendes
Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia.
