Por Hélio Mendes
Palestrante, consultor empresarial e político. Autor dos livros “Planejamento Estratégico Reverso” e “Gestão Reversa”. Conselheiro formado pelo IBGC e ex-Secretário de Planejamento e Meio Ambiente de Uberlândia/MG.
Entendendo os Sistemas Organizacionais
A maioria dos sistemas naturais e sociais — como o corpo humano, as comunidades e as nações desenvolvidas — são sistemas abertos, pois interagem constantemente com o ambiente externo. No mundo corporativo, porém, essa abertura nem sempre é a regra.
Algumas empresas ainda operam como sistemas fechados, enquanto outras se posicionam em um modelo intermediário, sendo semiabertas.
Características das Empresas Abertas
Empresas abertas cultivam uma forte conexão com o ambiente externo. Suas decisões são baseadas em dados amplos e atualizados, e há um entendimento interno de que todos os setores estão interligados.
Toda mudança em produtos, processos ou estratégias é analisada considerando o impacto no sistema como um todo.
Esse comportamento sistêmico estimula a inovação contínua, promove o alinhamento estratégico e aumenta a capacidade de responder às transformações do mercado.
O Risco das Estruturas Fechadas ou Semiabertas
Já nas organizações com estrutura fechada ou semiaberta, o poder costuma ser centralizado. Poucos colaboradores possuem uma visão global do negócio, e a criatividade tende a ser inibida.
A ausência de diálogo com o ambiente externo limita a capacidade de:
- Inovação
- Adaptação
- Competitividade
Essas empresas tornam-se mais vulneráveis diante das rápidas mudanças econômicas, sociais e tecnológicas do mundo atual.
Liderança Sistêmica como Diferencial Competitivo
Em um cenário de globalização acelerada e transformações tecnológicas, empresas que não adotarem um modelo mais aberto enfrentarão sérias dificuldades para se manter relevantes.
Nesse contexto, a liderança tem um papel crucial. É responsabilidade dos líderes:
- Desenvolver uma visão sistêmica do negócio
- Promover a integração entre áreas internas e agentes externos
- Estimular a circulação de ideias, feedbacks e inovação colaborativa
A integração interna e externa deve ser encarada como um diferencial estratégico — não como uma escolha, mas como uma necessidade.