O modelo fordista e seus limites
A célebre frase de Henry Ford — “Os clientes podem ter o carro da cor que quiserem, desde que seja preto” — refletia uma era em que a concorrência era mínima e o foco estava na eficiência e na redução de custos. Esse modelo, no entanto, não se sustenta mais. Hoje, estamos em um mercado global, hipercompetitivo, marcado por rupturas constantes e pelo consumidor no centro das decisões.
As novas cadeias produtivas
A China redesenhou cadeias inteiras de produção, alterando fluxos globais. Já a BMW utilizou gêmeos digitais no metaverso para planejar a fábrica do futuro ainda no presente um verdadeiro exemplo de planejamento reverso. Em contrapartida, setores no Brasil, especialmente os de commodities, continuam operando sob a lógica fordista: produzem em massa sem considerar o cliente final.
A lógica invertida do valor
As empresas que rompem com esse modelo tradicional e colocam o cliente no centro conseguem criar valor real. Ao inverter a lógica produzindo a partir das necessidades e expectativas do consumidor alcançam resultados mais consistentes e sustentáveis.
O futuro das empresas
Para se manterem relevantes, as organizações precisam deixar de ser estruturas isoladas. O desafio é se tornarem ecossistemas vivos, movidos por propósito, inteligência de dados e experiência do cliente. Nesse novo cenário, eficiência continua importante, mas não substitui a centralidade do consumidor e a capacidade de adaptação constante.
Hélio Mendes – Palestrante, consultor empresarial e político, autor dos livros Planejamento Estratégico Reverso e Gestão Reversa. Conselheiro certificado pelo IBGC e ex-Secretário de Planejamento e Meio Ambiente de Uberlândia/MG.