Há vários anos, nesta data escrevo um artigo sobre essa sublime Ordem, presente em todos os continentes e que, de forma discreta, procura contribuir para melhorar o mundo. Qualquer prática fora dessa missão não faz parte dos seus preceitos.
Há grandes equívocos quando tentam dirigir seu foco para a área da política. A Maçonaria é apartidária, procura melhorar todas as profissões agregando a elas sua filosofia, o desenvolvimento do homem. O lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” não se sobrepõe à sua filosofia e nem à Maçonaria universal. Deve-se, sim, a uma corrente nascida na França, dentro de um contexto que difere da Maçonaria alemã, de cunho filosófico; e da inglesa, com ênfase na ritualística.
A Maçonaria brasileira sofre ainda grande influência da francesa, em razão de que até há pouco tempo sua posição no contexto mundial era incipiente. Viveu situação semelhante na época da Inconfidência Mineira e na Proclamação da República, fruto de uma época na qual a evolução dependia de que o homem se libertasse e as colônias se emancipassem.
Hoje vivemos uma nova realidade e o final de um ciclo, iniciando outro ainda com valores incertos, quando a nova geração e a tecnologia terão grande influência nos costumes, no modelo de família e de sociedade. Mas temos motivos para acreditar que a Maçonaria desempenhará um importante papel neste novo patamar, devido a sua crença e ao fato de ter por objetivo único a HUMANIDADE. Tudo está mudando e nunca o pensar foi tão requisitado.
Hélio Mendes
Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia
