A expressão “tecnologia disruptiva” refere-se a inovações capazes de transformar mercados e setores de maneira radical, substituindo tecnologias ou modelos de negócios tradicionais por soluções mais eficientes e inovadoras. Essas mudanças rompem com práticas estabelecidas e criam novos paradigmas, impactando profundamente empresas, pessoas e sociedades.
No entanto, há uma constatação essencial: não é possível aplicar, de forma concreta, tecnologias que realmente transformem mercados sem a presença de equipes disruptivas. Esse é o grande desafio das organizações. A maioria ainda mantém uma cultura voltada ao aperfeiçoamento contínuo, à busca pela eficiência e à redução de conflitos. Nesse ambiente, o espaço para mudanças radicais é limitado.
Em contraste, equipes disruptivas são compostas por pessoas que quebram regras, questionam padrões e desafiam o sistema. No modelo cartesiano e tradicional, esses profissionais muitas vezes são vistos como “subversivos” dentro da organização. Mas, em tempos de transformação acelerada, são justamente esses perfis que impulsionam a inovação genuína.
Se vivemos em um cenário de mudanças constantes, é imperativo repensar também a liderança. Mais do que gerir conflitos, é necessário incentivar o conflito produtivo, aquele que desafia o status quo e abre caminho para soluções inovadoras. O futuro pertence às empresas que souberem construir equipes ousadas, capazes de transformar ideias em rupturas reais.
Hélio Mendes – Palestrante, consultor empresarial e político, autor dos livros Planejamento Estratégico Reverso e Gestão Reversa. Conselheiro certificado pelo IBGC e ex-Secretário de Planejamento e Meio Ambiente de Uberlândia/MG.