As organizações exponenciais surgiram como resposta direta à revolução tecnológica. Diferenciam-se pela capacidade de crescer em ritmo acelerado, em menos tempo e com custos reduzidos, rompendo padrões tradicionais e desafiando modelos consolidados.
Já as organizações lineares, moldadas no século XX, permanecem presas a estruturas rígidas, processos cartesianos e culturas empresariais herdadas de escolas de negócios que insistem em preparar profissionais para um cenário que já não existe. Essa imobilidade explica por que parte significativa do varejo e da distribuição perde espaço para gigantes como Amazon, Mercado Livre e empresas chinesas.
O Uber é um exemplo emblemático da lógica exponencial: ajusta a oferta em tempo real conforme a demanda, democratiza o acesso, reduz custos e cria novas formas de renda. Enquanto isso, o setor de táxis, atrelado a placas e pontos, resiste às mudanças e perde relevância.
A mensagem é clara: organizações lineares precisam se reinventar e transformar-se, total ou parcialmente, em exponenciais. As tecnologias já estão disponíveis e acessíveis. O que falta é a coragem de abandonar o conforto do passado para construir o futuro.
Hélio Mendes – Palestrante, consultor empresarial e político.
Autor do livro “Planejamento Estratégico Reverso e Gestão Reversa”.