As grandes lideranças, tanto na esfera pública quanto na privada, sabem que não existe um único caminho. Como escreveu o poeta espanhol Antônio Machado em Cantares: “Caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao andar.”
O trajeto não é uma herança pré-determinada, mas uma construção diária de escolhas e experiências. Aqueles que recebem algo sem compreender esse princípio raramente alcançam a verdadeira plenitude. A ganância e a soberba podem até trazer êxitos materiais, mas não o sucesso real aquele que se fundamenta em laços, amizades e família.
É por isso que tantas sucessões fracassam. Não pela falta de patrimônio, mas pela ausência de sensibilidade. Muitos herdeiros não trilham o próprio caminho nem entendem como foi erguido aquilo que receberam. Sem esse entendimento, o que poderia ser legado acaba reduzido a mera posse.
Por Hélio Mendes – Palestrante, consultor empresarial e político. Autor do livro “Planejamento Estratégico Reverso e Gestão Reversa”. Conselheiro formado pelo IBGC e Secretário de Planejamento e Meio Ambiente de Uberlândia/MG.








