A Inteligência Artificial (IA) transformou diversas atividades que antes exigiam consultorias. Funções como análise de cenários, pesquisa de mercado, melhoria de processos e até atividades contábeis e operacionais podem ser realizadas de forma mais ágil e econômica pela IA. Isso está impactando diretamente a forma como as empresas buscam suporte especializado.
As consultorias não desaparecerão, mas precisarão se reinventar. A competição global está mais acirrada, com mercados cada vez mais concentrados, margens de lucro reduzidas e governos assumindo maiores responsabilidades sociais. Nesse cenário, consultorias especializadas ganham destaque, especialmente aquelas com experiência internacional e atuação em diversos setores.
A geopolítica também assume maior relevância no planejamento estratégico das empresas, exigindo das consultorias uma visão global e especializada. Além disso, as consultorias devem adotar uma postura mais proativa e provocativa, ajudando as empresas e seus líderes a saírem da zona de conforto.
Em um ambiente de negócios cada vez mais desafiador, a rentabilidade depende da entrega precisa do que o cliente necessita, enquanto a vantagem competitiva está em estar à frente da concorrência. O papel das consultorias é provocar mudanças significativas, impulsionar a inovação e apoiar as empresas a se manterem competitivas em um mercado em constante evolução. Antecipar o futuro e trazê-lo para o presente deve ser parte integrante de todos os níveis da organização, garantindo uma visão estratégica que responda rapidamente às transformações do mercado.
Hélio Mendes é autor de “Planejamento Estratégico Reverso” e “Marketing Político Ético”. Ele atua como consultor de empresas e já foi secretário de planejamento e meio ambiente na cidade de Uberlândia/MG. Além disso, é palestrante em cursos de pós-graduação e na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, além de membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicada, em Brasília.