As mudanças nas empresas devem começar pelos empresários, conselhos de administração e CEOs. Para que as organizações permaneçam competitivas, é necessário transformar a cultura e a mentalidade, partindo dos líderes até o nível operacional, que agora deve integrar a estratégia da empresa. Embora muitos reconheçam que o modelo empresarial atual está ultrapassado, a mudança não é simples. O modelo tradicional, consolidado há mais de um século, foi refinado com melhorias contínuas e orientado por certificações, mas segue uma lógica linear e previsível.
No entanto, estamos na era das organizações exponenciais, que exigem uma visão clara de um futuro provável e o uso de novas tecnologias para antecipar esse futuro em relação à concorrência global. Como exemplo, os empresários de carruagens que ignoraram as ferrovias desapareceram, assim como montadoras americanas que subestimaram os carros elétricos chineses estão perdendo espaço.
“Neste contexto, todos enfrentarão dificuldades para mudar, especialmente as grandes empresas. Se não acelerarem esse processo, correm o risco de se tornarem os ‘dinossauros’ do passado.”
A transformação começa no topo, e apenas empresas dispostas a romper com o tradicional sobreviverão.
Hélio Mendes é autor de “Planejamento Estratégico Reverso” e “Marketing Político Ético”. Ele atua como consultor de empresas e já foi secretário de planejamento e meio ambiente na cidade de Uberlândia/MG. Além disso, é palestrante em cursos de pós-graduação e na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, além de membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicada, em Brasília.