“Segundo um grupo de cientistas dos Estados Unidos, há pelo menos 50% de chances de estarmos vivendo em uma realidade simulada, como a dos filmes da saga Matrix.” É possível, se refletirmos e analisarmos com um olhar diferente a sociedade das organizações, na qual o imprevisto predomina – o que afeta muito os negócios.
Somando-se a isso, vale lembrar uma citação, em 1700, do filósofo Immanuel Kant: “Temos pouca percepção da realidade, cada um tem apenas a sua”. Podemos estar vivendo nas sombras, como os personagens da caverna da alegoria de Platão, cujo conteúdo versa que, quando alguém passa a conhecer o ambiente externo, se voltar e contar o que viu aos que ficaram, estes o taxarão de louco.
A história nos mostra que os inovadores, ou melhor, os que saíram da caverna, não são compreendidos, como no caso de Nicolau Copérnico com a sua teoria do heliocentrismo, quando afirmou que a Terra e os demais planetas giravam em torno do Sol; e quando o físico Max Planck, considerado Pai da Física Quântica, confrontou a Física Tradicional.
O filme Matrix tem a ver com a alegoria de Platão e reforça a necessidade de utilizarmos a teoria quântica na gestão, porque esse conceito nos mostra que tudo é energia, através dos seus princípios: da dualidade, do entrelaçamento e da incerteza.
Quando insistimos em manter as pessoas separadas no espaço físico, com organogramas rígidos e divisão do trabalho, segmentamos o conhecimento e perdemos a capacidade de formar uma egrégora, a energia.
É possível que nossas organizações estejam nas sombras, dentro de uma caverna, e sejam uma matrix. “Matrix é uma distopia, ou seja, uma narrativa passada em um universo opressivo, totalitário, onde o indivíduo não tem liberdade nem controle sobre si mesmo. Na obra, a humanidade está aprisionada por uma simulação, embora não tenha consciência disso.”
Será que nas nossas organizações os funcionários têm liberdade, têm controle sobre si mesmos Ou simulamos e os.. aprisionamos em uma situação ideal, e não temos consciência disso?
Hélio Mendes
Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia.
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