Enquanto os brasileiros permanecem em letargia, os chineses silenciosamente compram o país. O setor empresarial sofre de miopia estratégica, o Congresso se afunda em interesses particulares, o Executivo se limita à politicagem, e o Supremo assume funções quase administrativas. Não é cômico; é trágico.
O “dragão adormecido” despertou com uma fome insaciável: devorou a África, enfraqueceu a Europa e se aliou por conveniência a países de ideologia retrógrada, adotando práticas capitalistas seletivas. Os Estados Unidos, na tentativa de manter o dragão sob controle, caíram na armadilha ao transferir tecnologia, acreditando na sua própria supremacia. Ledo engano.
Hoje, a China domina as exportações de commodities brasileiras, e nossa indústria e comércio são incapazes de competir com seus produtos. Agora, os chineses estão mirando em setores estratégicos, colocando em risco nossa soberania econômica.
O verdadeiro desafio que se impõe é: qual será o futuro do Brasil se continuarmos nessa trajetória? E, mais importante, que país queremos deixar para as próximas gerações?
Hélio Mendes é autor de “Planejamento Estratégico Reverso” e “Marketing Político Ético”. Ele atua como consultor de empresas e já foi secretário de planejamento e meio ambiente na cidade de Uberlândia/MG. Além disso, é palestrante em cursos de pós-graduação e na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, além de membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicada, em Brasília.
