Em cada eleição, tem-se tornado mais difícil votar e, mais ainda, engajar-se em campanha de algum candidato. Afinal, o que está acontecendo?
Hoje influenciamos e somos influenciados por eleições que acontecem em outros países. Um ato de violência nos Estados Unidos interfere nos pleitos brasileiros – e até os fakes têm contribuído para isso.
No nosso país, temos mais um agravante: o desgaste da classe política é crescente, o que poderá induzir o cidadão a não querer votar, fazer um voto de protesto ou ficar neutro, o que não é bom, porque política é uma atividade importante.
Não é correto, nem justo, falar que todo político é corrupto. Há em todas as cidades pessoas que dedicam sua vida à política. É necessário separar os bons dos maus, os competentes dos incompetentes, e participar ativamente de todas as eleições, seja para escolher o síndico de um prédio, seja um prefeito ou o presidente do país.
Neste momento, é válido lembrar uma frase de Dante Alighieri, autor da Divina Comédia: “no inferno os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise”. E estamos vivendo uma crise política.
Hélio Mendes
Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia
