Muitos empresários vivem dentro de uma caverna, que é sua própria empresa, enquanto outros veem apenas o seu setor como o limite. Essa situação é semelhante à época em que se acreditava que a Terra era plana.
Podemos fazer uma analogia com o mito da caverna de Platão, no qual as pessoas viviam acorrentadas dentro de uma caverna, em torno de uma fogueira. As sombras projetadas na parede eram consideradas a realidade. Eventualmente, um dos prisioneiros conseguiu se libertar e, ao sair, foi inicialmente cegado pela luz do sol, após ter vivido muitos anos na escuridão. No entanto, logo começou a perceber a grandeza e a beleza do mundo exterior.
Ele decidiu voltar para compartilhar sua descoberta, mas não encontrou um ambiente receptivo; as pessoas não acreditaram no que ele dizia e chegaram a pensar em eliminá-lo.
Essa situação é comum quando um membro da empresa começa a pensar de forma diferente, ou quando um consultor, conhecendo diversos setores, tenta alertá-los a sair do ambiente confortável que construíram mesmo que ainda esteja trazendo bons resultados.
No entanto, nem sempre é possível, pois tais mudanças precisam surgir do interior das pessoas que lideram a empresa. Quando isso não acontece, pagam-se altos preços
Hélio Mendes é autor de “Planejamento Estratégico Reverso” e “Marketing Político Ético”. Ele atua como consultor de empresas e já foi secretário de planejamento e meio ambiente na cidade de Uberlândia/MG. Além disso, é palestrante em cursos de pós-graduação e na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, além de membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicada, em Brasília.
