Com a evolução das novas tecnologias, especialmente a Inteligência Artificial (IA), surgirão muitos modismos sobre o perfil de gestores.
Entretanto, alguns pontos já se destacam como essenciais.
No plano pessoal, será crucial combinar conhecimento e experiência. Apenas um desses atributos não será suficiente para entender o negócio e as novas ferramentas.
A complexidade das organizações exige uma visão sistêmica, da liderança ao chão de fábrica.
A importância das equipes será ainda maior, pois o conhecimento necessário não poderá ser detido por um único indivíduo. O foco não estará mais em cargos ou funções, mas na busca incessante por conhecimento e na capacidade de atualizar as atividades em tempo real. A individualidade cede espaço à colaboração.
A construção de uma cultura organizacional terá como pré-requisito o aprendizado contínuo, tanto dentro quanto fora das empresas. A área de recursos humanos ganhará um papel central, valorizando o desenvolvimento constante.
A habilidade de enxergar e compreender a complexidade das organizações de forma sistêmica deverá ser uma competência de todos, sem exceções, desde a alta cúpula até o chão de fábrica. Essa visão sistêmica permitirá que cada nível da organização entenda como suas ações impactam o todo, facilitando a implementação de inovações e o alinhamento estratégico.
Para que as organizações aproveitem plenamente o potencial da IA, é essencial que os gestores reconheçam que o modelo organizacional tradicional já não é suficiente. A transformação digital é imperativa, e não há alternativa a não ser adotar a IA como um componente essencial. A capacidade de adaptação e a disposição para rever e reconstruir processos serão determinantes para o sucesso em um cenário onde a inovação não é mais uma escolha, mas uma necessidade.
Hélio Mendes é autor de “Planejamento Estratégico Reverso” e “Marketing Político Ético”. Ele atua como consultor de empresas e já foi secretário de planejamento e meio ambiente na cidade de Uberlândia/MG. Além disso, é palestrante em cursos de pós-graduação e na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, além de membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicada, em Brasília.