Empresários, políticos e gestores públicos enfrentam dificuldades para enxergar o mundo de forma abrangente. Muitos não conseguem identificar ou corrigir tendências negativas devido à falta de preparo ou à crença equivocada de que as tecnologias resolvem tudo. No entanto, tecnologias carecem de sensibilidade e imaginação sociológica.
Frequentemente, as pessoas são vistas como números ou classificadas por segmentos econômicos. Essa visão reduz sua complexidade, ignorando sentimentos, sonhos e dores, transformando-as apenas em consumidores de produtos e serviços.
Essa abordagem limitada resulta em decisões falhas, causando insucessos empresariais e impactos ambientais. O desafio é ainda maior na gestão pública, onde as consequências afetam cidades e nações inteiras.
Vivemos mais no mundo virtual do que no real. CEOs isolados em condomínios fechados têm pouca interação social, o que limita sua compreensão do mundo e prejudica suas decisões.
Como professor e consultor, insistimos na necessidade de organizações serem exponenciais, mas com uma visão sociológica ampla e crítica. Isso implica reconhecer que pequenos eventos podem revelar questões maiores, pois o ser humano é mais que um consumidor: é um ser infinito.
Hélio Mendes é autor de “Planejamento Estratégico Reverso”, “ Gestão Reversa” e “Marketing Político Ético”. Ele é consultor, ex-secretário de planejamento e meio ambiente em Uberlândia/MG e membro do Instituto SAGRES em Brasília.