Para avaliar seus gerentes, a empresa precisa ter de forma clara onde está, aonde quer chegar, objetivos, metas e indicadores de resultados. Caso não estabeleça esses itens, não terá futuro. Time que não faz gol fica fora do campeonato, técnico e jogadores que não apresentam bom desempenho são substituídos.
Peter Drucker, considerado o Pai da Administração Moderna, batizou de APO – Administração por Objetivo os procedimentos criados por Alfred Sloan, na década de 1920, para a aplicação prática do processo de planejar, organizar e controlar.
O europeu John W. Humble publicou dois livros que se tornaram verdadeiros manuais para as grandes empresas: “Como Melhorar os Resultados da Empresa” e “Administração por Objetivos”, preconizando que tais objetivos devem ser claros, desafiadores, monitorados e servir de base para a avaliação do desempenho dos gerentes. De forma simples e pragmática, partiu da premissa de que, se o mercado avalia as empresas, estas também têm que avaliar os responsáveis por elas. E agora isso se tornou mais fácil, com a Inteligência Artificial.
As metas e os planos de ações não são impostos, e sim criados com a participação dos envolvidos. Mas estes devem garantir o resultado de suas áreas, além da sinergia com as demais – é o que torna possível a sobrevivência da empresa e, consequentemente, desses envolvidos.
Nos últimos anos, grande parte das companhias vem perdendo o foco. O modismo, o invencionismo e o entusiasmo exagerado com as novas tecnologias têm distraído as equipes gerenciais. Levantamento feito pelo economista Samy Dana mostrou que o Brasil tem a 57ª pior produtividade entre 62 economias.
Não podemos voltar à época de Taylor, mas o local de trabalho deve apresentar regras claras sobre os resultados desejados. Para continuar no mercado, as equipes têm de ser bem-avaliadas e suar muito. Local de trabalho precisa ser agradável, mas não é um clube social. A busca pela rentabilidade é responsabilidade de todos.
Hélio Mendes – Autor de Planejamento Estratégico Reverso e Marketing Político Ético, consultor de empresas, foi secretário na área de Planejamento e Meio Ambiente da cidade de Uberlândia/MG. Palestrante em cursos de pós-graduação e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG. Membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicadas, de Brasília.
